Já ouviu falar em GOAL? Alguns falam e escrevem GOL, e talvez faça muito sentido quando brinco em ser um goleador. Mas afinal o que significa GOAL?
GOAL é um objetivo ou algo que você almeja, e por isso seu esforço é dirigido a esse atingimento. Podemos traduzir no mundo dos negócios como objetivos. Mas há um sinônimo que alguns usam para GOAL que é atividade.
Atividade é algo que você faz para chegar a um Goal, Gol ou Objetivo. Para deixar isso bem claro, vou dar o exemplo dessa diferença.
Atividade – assegurar a acuracidade dos dados do relatório de vendas;
Goal – aumentar as vendas de sucos naturais em 10%.
No exemplo acima a acuracidade dos dados ajudará a identificar se o objetivo estabelecido foi alcançado. Mas em si só não é um objetivo. Sendo assim ao longo dos meses existirão atividades que são muito mais críticas para esse objetivo ser alcançado.
Ter essa ideia clara do que é crítico (must-to-have), desejável e opcional (nice-to-have) vai ser importante na definição e priorização das atividades que gerarão resultados a sua empresa e o alcance dos objetivos.
Se você quer ser um goleador precisa entender bem como classificar as atividades que contribuirão para o seu sucesso. A primeira delas são as atividades nice-to-have ou opcionais, elas são consideradas a cereja do bolo em alguns casos, mas não contribuem diretamente para o resultado. São algumas vezes atividades acessórias, algumas até rápidas e fáceis de serem executadas.
A questão é que elas também roubam seu tempo e atenção das atividades que realmente trazem resultado. Se o seu superior deseja que elas sejam executadas e não abre mão delas, talvez seja o caso de você contratar um estagiário para fazê-las. No geral essas atividades só beneficiam uma pessoa apenas dentro do time. Como exemplo tem os casos dos slides piscantes que levam tempo para serem preparados, enquanto um gráfico apenas na planilha ajudava.
Depois delas encontramos as desejáveis, mas a médio e longo prazo se tornam uma vantagem competitiva. Podendo inclusive contribuir para melhor eficiência do time no alcance dos objetivos. Um exemplo que gosto muito de usar para atividades desejáveis, são adoções de sistemas ou treinamentos que permitem a equipe realizar suas atividades de forma mais rápida e com menos erros.
Vejo sempre em pequenas e médias empresas, pessoas mergulhadas em papel, perdem um tempo enorme procurando um documento e as vezes acabam não encontrando o que procuram e a adoção de uma ferramenta de gestão eletrônica de documentos poderia resolver isso rapidinho. Mas as empresas acabam não vendo isso como um must-to-have. Fica aqui um desabafo… rsrs
E finalmente temos os críticos ou must-to-have, os quais uma gerente de projetos como eu diria que são as atividades cruciais para a entrega do projeto. Essas atividades no geral criam a base das expectativas dos clientes, se entregues atendemos ao acordado. E, por conseguinte fizemos um trabalho bem feito por concluir.
Então a dica aqui é, para quem quer ser outstanding, realizar o critico e o desejável é a melhor opção. Mas ainda assim falamos de atividades que precisam ser definidas para chegar aos objetivos. E como definir bons objetivos para minha empresa e departamento? Pois ideias temos muitas, mas que tal passá-las por esses seis critérios de analise antes.
Considere eles filtros que irão peneirar as suas boas ideias de goals/objetivos:
- Resultados: esse item deve vir antes de todos os outros pela minha opinião. Se ele cair nesse primeiro item, nem precisa seguir em frente. Então analise:
- O que você espera atingir?
- Quais são os objetivos?
- Consegues descrever o entregável desse objetivo?
- Suporte: É pensar em todos os recursos pessoais ou não esse goal necessita para ser atingido. Algumas perguntas para você pensar:
- O que eu posso fazer para dar suporte ao meu time nesse goal?
- Que tipo de ajuda ou recursos posso precisar em outros times?
- Precisarei ter um orçamento especifico para investir e poder atingir esse resultado?
- Vantagens: Só tem sentido estabelecer um goal/objetivo se ele estiver trazendo a empresa ou departamento alguma vantagem competitiva. Então alguns itens para pensar:
- Como esse goal se alinha com a visão da empresa?
- Que valor proporciona a empresa?
- Que benefícios a empresa ou departamento terão com esse goal?
- Métodos: Algumas ideias precisam de alteração em processos e novas formas de execução para que o goal seja atingido. Até mesmo automatização de algo. Alguns questionamentos que podem ser uteis:
- Quem deve se envolver nesse goal?
- Quem devo manter informado e como?
- Qual a agenda necessária para completar esse goal?
- Métricas: Como você imagina que esse objetivo pode ser mensurado. Algumas questões que você pode ir pensando:
- Que indicadores podem demonstrar o atingimento desse objetivo?
- Como farei para que eu e os demais membros do time possam acompanhar os resultados obtidos?
- Que marcos posso definir para saber se estamos no cominho certo ou não?
- Obstáculos: Pense em que colocações ou perguntas podem ser apresentadas contra ao seu objetivo. Exemplos de questões que você pode levantar nesse momento:
- Que preocupações as pessoas podem ter sobre esse objetivo?
- Que riscos estão envolvidos?
- Que problemas posso levantar antecipadamente?
Se você passou pelos seis itens e chegou até aqui, é hora de escrever os objetivos e colocar a prova com sua equipe. Não tenha medo de compartilhar, ouvir críticas e esteja aberto a muda-los. Uma dica minha é sempre pense em alguns objetivos adicionais para aproveitar o tempo, caso algum não seja bem-visto.
Essa terceira etapa, vamos chamar assim é o momento da venda dos objetivos para o seu time. É importante que todos participem e se sintam parte do processo. Já falei algumas do quanto ter o time ao seu lado vai ajudar em suas entregas como gestor. Reforço esse momento pois é a partir dos objetivos que as metas serão estabelecidas.
Então até o próximo artigo em que vamos falar de metas e como defini-las, a partir dos objetivos.