O grande dilema de quem quer abrir ou tem um negócio em expansão é sobre ter ou não ter um sócio e a escolha desse sócio.
Não adianta escolher o seu melhor amigo, simplesmente por ele ser seu amigo, é preciso observar as competências técnicas e comportamentais dele. É comum encontrar empresas na qual o sócio no papel, é algum familiar próximo, mas que não contribui em nada no dia a dia da empresa.
Ou ainda pior, tem aqueles que decidem ter um sócio que entra com o capital financeiro, mas nem aparece na empresa. E o que entrou com o trabalho faz tudo sozinho, se o negócio não vai pra frente a culpa fica sendo toda dele. Em casos de parentes, tem sempre o risco de você ficar sem falar com ele, caso algo aconteça. É uma armadilha que o empreendedor arma para si mesmo, então sociedade precisa ser planejada como todas as etapas do negócio.
Se você quer crescer e fincar sua marca no mercado, deve se preocupar em quem sentará ao seu lado para decidir os rumos da empresa. Vamos ser honestos, sozinho ninguém consegue crescer. É preciso ter muita atenção na sua estratégia de crescimento e a consciência de que ter uma outra pessoa para compartilhar das decisões e ações fará toda a diferença nessa preparação.
A sociedade empresarial é um corpo vivo que dará o ritmo daquela empresa. E é interessante observar que muitos empreendedores e empresários escolhem sócios muito parecidos com eles mesmos. Lógico que é preciso objetivos comuns, mas é preciso antes de mais nada de habilidades complementares.
A empresa tem sua visão, missão e valores únicos e que devem ser entendidos por todos, mas cada sócio precisa ter a consciência do que o outro pode agregar de mais valor ao outro. Sendo você um empresário “Lobo”, que gosta de processos, relatórios, tudo organizado e metodicamente preparado, pode precisar ter um sócio “Tubarão”, que não tem medo de se arriscar e faz acontecer sem se importar com o papel.
Você pode estar pensando nesse momento que isso vai dar briga. Olha até vai sair algumas faíscas sim… (rsrs). Mas é o equilíbrio da balança. Se os dois sócios forem “Lobos” provavelmente não conseguirão evoluir rapidamente em seus planos de ação. Quando há perfis complementares, um vai ponderar e argumentar com o outro.
Já reparou que sempre tem um sócio na empresa que foca mais nos números e outro em pessoas? Ou ainda um que entende tudo do operacional e outro fica focado na parte administrativa? Isso tem sentido, por estar ligado as competências técnicas de cada um. Por isso eu acho muito bom ter sócio.
Um sócio que complemente sua visão, agregue valor ao negócio, se sinta responsável pelo empreendimento, comprometa-se com o resultado e abrace a visão da empresa. Escolher o melhor não é fácil, mas deve ser a meta. Nada de sociedade trocada por mão de obra, já fiz isso e não dá certo. Quer ter um sócio, comece logo de cara sendo junto na participação acionária de cada um.
Tenha em mente que sociedade é como um casamento, pode acontecer separação, então pense numa forma de dissolve-la que não leve a empresa à falência. Invista em um advogado para redigir um bom contrato. Ouça o conselho de quem entende do assunto, a respeito da escolha do seu sócio.
Use a cabeça e não o coração. Analise se você realmente precisa e por que precisa de um sócio. Algumas perguntinhas para você pensar no assunto:
- Você consegue fazer seu negócio crescer sozinho?
- Você tem medo ou alguma situação que o impede de empreender sozinho?
- Você se sente sobrecarregado com tudo o que tem para fazer?
- Você sabe e gosta de trabalhar em equipe?
- Como você se sente ao dividir um negócio e seus benefícios, se for para crescer?
- Seu negócio precisa de capital e um sócio pode ser uma saída?
- Você e seu negócio precisam de alguma habilidade específica que você não domina?
Enfim pare e reflita qual será o papel desse sócio e a dinâmica de vocês. Pense no que você está disposto a fazer ou abrir mão de fazer para o bem da empresa.
