Conheço pessoas que sempre gostaram de trabalhar por conta própria, ser dono do próprio negócio e não se imaginam trabalhando de carteira assinada.
Nasceram com esse espírito de empreender desde muito cedo, se arriscaram na montagem dos seus negócios e conseguem se sustentar bem. A grande maioria começa pequeno e vão crescendo aos poucos, gerando oportunidades de emprego para outros. Admiro muito as pessoas que resolvem abrir seu próprio negócio.
Segundo pesquisa divulgada pelo estadão 28% das pessoas querem ter seu próprio negócio. E percebo nos atendimentos que faço de coaching, que muitos querem realmente ter um negócio. Nem sempre como a principal fonte de renda, mas como um plano B para aqueles projetos que requerem um pouco mais de grana.
Mas a crise tem levado para o mercado informal, muitas pessoas que não estavam relacionadas aos 28% da pesquisa divulgada pelo Estadão. São pessoas que tinham carteira assinada e pressionadas pelas contas, buscam uma forma de gerar renda enquanto o mercado de trabalho se recupera.
Diferente da cultura americana que promove o empreendedorismo, aqui no Brasil vemos a crise e o desemprego como alavancadores dos empreendimentos. E de uma hora para outra, ao vislumbrar uma oportunidade, você se vê pensando em empreender. Mas saiba que a concorrência também é grande, observe nas esquinas a quantidade de pessoas vendendo doces, acessórios, utensílios de casa e diversas miudezas.
Outro dia conversando com um aluno meu, que ficou desempregado. Ele me contou que ficou observando o movimento na saída de um colégio perto da casa dele e pensou em montar uma carrocinha de pipoca. Orçou tudo o que precisava e em dois dias descobriu que uma carrocinha de pipoca já estava lá, mas infelizmente não era a sua. Alguém mais pode estar pensando na mesma ideia sua, e ser mais ágil na tomada de decisão ou ter se planejado antes para quando a oportunidade surgisse.
Eu já me arrisquei em empreender outras vezes, sempre tive esse desejo de ter o meu negócio. Se posso entregar projetos e gerir equipes em uma empresa como empregado, eu sabia que poderia fazer o mesmo para mim. Trabalhar nunca foi o problema, a maior dificuldade foi definir o que mais me atraia diante de tantas opções. Lógico que já cometi erros nas escolhas do que fazer, mas é sempre bom aprender com os erros e poder acertar mais a frente.
Você pode nesse momento se perguntar: Vale a pena abrir um negócio, já que há tantos empreendimentos abertos? Ou esse é o momento de começar a empreender? Devo aproveitar que estou empregado e começo a viabilizar meu sonho? Se não tem certeza sobre o momento de empreender, saiba que pode pelo menos ser o momento para analisar.
Então dedique algum tempo na sua agenda essa semana para responder as perguntas que vou deixar aqui para reflexão:
- O que vou oferecer (produto ou serviço)?
- Para quem vou oferecer?
- De que forma vou ofertar?
- O que espero de renda?
- Quanto tenho para investir?
- Com quem posso contar para iniciar as atividades?
- Domino o que vou comercializar ou ofertar?
- Tem algum aspecto que preciso de mais conhecimento?
Quando você estiver com todas as respostas, então poderá dar o próximo passo. Criar o seu plano de negócios ou pelo menos começar a se preparar para criá-lo. Não existe o melhor momento do que o agora para planejar, mas se for preciso investir daqui a alguns meses, seu caminho vai estar adiantado.
Ao falar em preparar o plano de negócios, não esqueça de se preparar também. Conhecer seus pontos fracos, vai abrir espaço no planejamento para você pensar em formas de minimizar ou neutralizar esses gaps. Seja como for, não perca tempo, planeje hoje o seu futuro de forma tranquila para não ser levado pelo mercado.
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