Sou consumidora online, faço compras para casa e empresa através do comércio eletrônico desde que me mudei em 2000 e não tinha opção de lojas aos sábados. Em 2017 o crescimento das lojas virtuais foi de 9,23%, segundo a Bigdata Corporation. Mas vamos falar sinceramente, esses reports só contribuíram para validar o que já sabemos, as pessoas preferem comprar online hoje.

A violência tem feito as famílias repensarem seus passeios nos finais de semana. Ir o ao shopping que era um lugar seguro para fazer compras, hoje não é mais. Em paralelo a isso temos a crise econômica, que segundo o Clube de Diretores Lojistas do Rio levaram quase mil lojas a fecharem as portas, um salto de 149% em relação a 2016.

Então muitas empresas antenadas com isso começaram a repensar sua atuação. E planejar sua entrada no comércio eletrônico. E se não temos como fugir dessa nova forma de vender, vamos planejar essa loja começando a entender como seu público interage na internet.

Avaliar o mercado é a primeira etapa para quem pensa em seguir por esse caminho.  Algumas vezes visito clientes que contratam empresas fazem o site com a loja virtual, colocam no ar e após 6 meses não vendem nada, frustrando o dono.

Vamos traçar um paralelo com a loja física, você abre uma loja e vai lá todos os dias esperando alguém entrar e comprar, ou faz propaganda, eventos e campanhas que atraiam clientes?

O mesmo princípio rege o e-commerce, você precisa se mostrar pra ser lembrado no momento da compra. E alguns pontos são importantes como os que selecionei aqui:

A) “O olho do dono é que engorda o gado”, sendo assim a gestão da loja não pode ser menosprezada. Importante conhecer quem visita o site, escolher produtos que atraiam o público e acompanhar tudo de perto com lupa.

B) Ter uma loja online que funcione adequadamente no Mobile faz toda a diferença. A maioria das pessoas hoje possuem smartphones e passam a fazer todas as operações por ele, seja pagando contas ou conversando com os amigos nas redes sociais. Por isso ter uma loja online e campanhas nas redes sociais que atraiam sua persona é fundamental.

C) Começar não exige muito investimento em relação a uma loja física. Porém atenção com o orçamento. Reservar dinheiro para investir em tecnologia e marketing fará toda a diferença. Em 2016 a ABRADI-SP (Associação Brasileira dos Agentes Digitais de SP) o e-commerce cresce 20% ao ano. Em 2017 vemos o mercado estabilizar o crescimento, isso porque entrar no mercado é fácil e o investimento menor.  A diferença está em permanecer e se destacar no meio da multidão. O e-commerce é um negócio e não um hobby. Se o empresário não está focado e não se dedica em conhecer o mercado ele não vai vender.

D) Seu produto é o que o mercado quer? A escolha dos produtos faz a diferença. Em uma das visitas que fiz em um comércio de semi-jóias, a dona da loja só comprava peças que ela usaria. Como se comprasse para si mesma. A compra deve ser planejada de acordo com o público que se deseja atrair. O resultado da falta de pesquisa e planejamento deixará você com um estoque enorme, ou seja dinheiro parado.

Quer investir no e-commerce comece certo, comece pequeno e cresça de forma sustentável.


Renata V. Lopes

Atua há mais de 25 anos na área de Tecnologia da Informação com gerenciamento de projetos e equipes multidisciplinares, em grandes empresas como Grupo Gerdau, Lojas Renner, Hewlett-Packard, Rio2016 e Grupo Guanabara. Master coach, leitora compulsiva, blogueira, apaixonada por redes sociais e estudante em constante desenvolvimento, acredita na cooperação, colaboração e compartilhamento do conhecimento como forma de aprendizado.

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