Nenhum gestor gosta do momento de demitir um funcionário. Pensar em como essa decisão afeta uma família inteira é desconfortável por mais que você tenha anos de experiência como gestor. Infelizmente uma hora você tem que tomar essa decisão e comunicar, sem que isso o deixe culpado.
Para que esse momento não seja uma surpresa para o funcionário é preciso um acompanhamento sistemático pelo gestor. A aproximação do gestor com cada um da equipe permitirá que as tarefas, metas e objetivos sejam comunicados e as expectativas de resultados definidos.
O gestor deve manter sua mente aberta para ouvir as colocações dos funcionários também. Afinal quem está no dia a dia envolvido com a rotina, descobre novas maneiras de desenvolver as atividades. Um processo que era realizado em 5 passos, pode ser ajustado para 3 apenas. E com isso aumentando a produtividade. Então esse processo de acompanhamento deve ser de mão dupla.
Quando a comunicação é aberta e o gestor acompanha o time de perto, ele conhece os funcionários individualmente. Detectar desvios e problemas se torna parte da sua rotina e ele pode agir, dando feedbacks, treinamentos, direcionamentos, etc. A decisão de demitir se acontecer, será pautada em dados e fatos acompanhados no dia a dia.
Existem alguns fatores que o gestor pode observar na trajetória do funcionário e atuar para resolver. Infelizmente haverá outras situações que a demissão será importante por ferir a ética. O gestor precisa estar ciente do seu papel no processo de decisão sobre o desligamento ou não. A pior coisa é quando um gestor se omite.
Funcionário dedicado e esforçado, mas que não atende aos padrões de qualidade exigidos na função. Se mesmo com treinamento e feedbacks o problema persiste, é preciso realocar o funcionário ou demiti-lo. Nem sempre a realocação é possível, já que dependerá de vagas em outras áreas, que estejam adequadas ao perfil do funcionário.
Atrasos e faltas constantes sem justificativa realmente plausível. Trânsito ruim, apenas nos casos de parar a cidade inteira, já que sempre se pode sair mais cedo de cada e atender o horário. Mas se chegar atrasado, compense o horário. Não tem como sair mais cedo, converse com o gestor e entrem num acordo sobre o horário.
Desmotivação causada por falta de perspectivas na carreira ou problemas familiares podem impactar diretamente a performance do funcionário. Com uma conversa franca, o gestor pode entender como atuar. Se houver como ajudar com novos desafios e mudança de departamento, então ajude. Não minta ou tente enrolar o funcionário com promessas de posição e promoção que não exista, pois será pior.
Mau comportamento e falta de honestidade são dois motivos difíceis de serem tratados. Funcionários que fazem comentários depreciativos sobre a organização, seus pares ou líderes, ou com atitudes que geram um clima organizacional negativo, precisam de feedback. Mas quando não há mudança é preciso agir. Um funcionário assim estraga todo o time. E o mais grave é quando há dano para a empresa, clientes, fornecedores e colegas de trabalho.
Cada caso precisa ser analisado de perto. Nem os gestores estão livres de demissões. Quando o gestor não é respeitado, não sabe definir e explicar aos funcionários diretos a necessidade de determinadas ações, muita das vezes é desobedecido. A empatia nesse caso é importante, e por isso a comunicação deve ser como já falei de mão dupla.
Com essas dicas te convido a acompanhar mais de perto seu time. Seja um líder participativo e engajado com seu time. Se quiser conhecer seu estilo de liderança, vou deixar aqui um link para uma avaliação de Líder Coach.
Fonte: Rede GPN