Estava conversando outro dia com um empresário sobre como as pessoas são o maior capital e fundamentais no crescimento e sucesso de uma organização. Seja ela pública ou privada, de pequeno, médio ou grande porte. Você precisa encarar a realidade de que nenhuma, eu digo nenhuma organização crescerá de forma sustentável sem que seus gestores olhem seus funcionários como parceiros da organização.

Nosso modelo de contrato de trabalho não atende a mais ninguém. Sejam os empresários que pagam mais impostos do que salários, ou os funcionários que recebem menos e veem suas contas cada vez maiores. O modelo precisa ser rediscutido de forma séria e com todos os níveis da sociedade. Sem papo burguês, mas eu fico aqui fazendo as contas e vejo o quanto coloco na mão do governo todos os meses.

No dia seguinte me deparo com um funcionário precisando de médico e não tem no posto, de segurança e sendo assaltado no ponto de ônibus. Ele quer terminar sua graduação e sem aulas, pois falta luz, professor, água. Enfim, como lidar com isso?! Essa é a pergunta que todos os empresários se fazem todos os dias. Olhando a cada profissional  como parceiro da sua organização.

Sabe aquele papo sincero, olhinho no olhinho que você foge de ter. Pois é esse mesmo que você terá de encarar. Pessoas são fornecedoras de conhecimento, habilidades e competências. Sendo assim elas são parte do capital intelectual da sua organização, um bem intangível em termos financeiros.

Cada um tem sua própria personalidade e história pessoal. As motivações que os fazem sair de casa todos os dias para estar na sua organização precisam ser entendidas. E com base nesse entendimento que a empresa deve tratar de forma transparente a questão remuneração. Remuneração é bem mais do que salário e o empresário deve mais do que ninguém ter isso em mente.

A remuneração estratégica, como ficou conhecido esse conceito, visa proporcionar as pessoas formas delas receberem em contrapartida ao seu trabalho bens ou serviços que teriam de custear com seu salário. E os mesmos fazem parte da sua remuneração total. Então olhar com carinho os pilares da gestão de pessoas, pode significar um avanço para a melhoria da remuneração de todos.

Em muitos projetos tenho lançado mão de contratos entre pessoas jurídicas, pois além de prover a remuneração adequada ao desempenho da função acordada, desonera a folha de pagamento. Por atuar com projetos, que possuem começo, meio e fim determinados e de curto prazo, assinar a carteira e demitir depois também não ajuda muito. Ainda há preconceito na contratação de pessoas com pouco tempo nas empresas.

Esse modelo de remuneração estratégica é apenas um dos pontos para que você possa analisar, além de uma gestão mais próxima. Se você quer evoluir nesse modelo é preciso saber que existem etapas para uso desse sistema. São eles:

  1. Diagnostico da empresa
  2. Direcionamento da empresa
  3. Definição do modelo conceitual de remuneração
  4. Construção de um sistema de remuneração
  5. Implantação do sistema

Como parceiros, as pessoas investem na organização com esforço, responsabilidade, comprometimento e riscos. Elas esperam com isso receber salários, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira, etc.

Todo investimento somente se justifica se proporciona retorno. E isso é um caminho de mão dupla. Co-crie novas possibilidade, preserve seu maior capitel e depois me conta como foi.


Renata V. Lopes

Atua há mais de 25 anos na área de Tecnologia da Informação com gerenciamento de projetos e equipes multidisciplinares, em grandes empresas como Grupo Gerdau, Lojas Renner, Hewlett-Packard, Rio2016 e Grupo Guanabara. Master coach, leitora compulsiva, blogueira, apaixonada por redes sociais e estudante em constante desenvolvimento, acredita na cooperação, colaboração e compartilhamento do conhecimento como forma de aprendizado.

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