“É preciso saber quando parar.
Saber quando parar evita dificuldades.”
— Lao-Tse

A quietude pode ser o mais dinâmico dos estágios de um ser criativo.  Eu tenho períodos em que simplesmente não adianta, não consigo ler, nem escrever, nem fazer qualquer artesanato, minha vontade é ficar quietinha no meu canto e nem conversar, ligo a TV e nem se atreva a perguntar o que estou vendo, porque apenas liguei, coloquei o som e nem sei o que ouvi, o cérebro congela.

Nessas horas a preocupação é geral até dos que me conhecem desde bebê e que deveriam estar acostumados: O que você tem?  Algum problema?  O que eu fiz? Aconteceu alguma coisa?  Você está tão quieta?

Mas nesses momentos eu recarrego as baterias, sem que o sistema operacional esteja rodando, é preciso dar shutdown geral no sistema ou a tela azul aparece.  No mundo de hoje pedir a qualquer um que pare, fique quieto e observe é tão dificil. Concordo que chega a ser irônico da forma como coloco, mas é isso mesmo que acontece.

Fiz um exercício com 12 adoráveis engenheiros que tenho o imenso prazer de gerenciar e quase todos acharam válido e falaram que iriam observar mais as pequenas coisas que os rodeavam durante as férias coletivas.  Essa semana começo a saber como foram esses dias de observação.  Lógico que pedi que eles observassem isso na praia, no papo com os amigos, na caminhada, tirassem, dos momentos de descanso e lazer, insights para seus projetos e metas de desenvolvimento pessoal.

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Confesso que como eles quis fazer esse exercício, eu postei a uns 20 dias atrás o resultado de algumas observações que fiz no material que retiramos da organização dos armários.  Agora estou fazendo o mesmo com as minhas metas pessoais de desenvolvimento de carreira.  É complicado escrever e traduzir em números, mas a quietude nos permite trabalhar na simplificação das coisas e é isso que precisamos mais do que nunca – SIMPLIFICAR.

Experimentar tempos de tanta quietude, recarrega a força propulsora geradora de uma produção tão dinâmica quanto a que tomou conta de mim nos últimos dias.  Ainda estou escrevendo artigos das pequenas observações do tempo de quietude.


Renata V. Lopes

Atua há mais de 25 anos na área de Tecnologia da Informação com gerenciamento de projetos e equipes multidisciplinares, em grandes empresas como Grupo Gerdau, Lojas Renner, Hewlett-Packard, Rio2016 e Grupo Guanabara. Master coach, leitora compulsiva, blogueira, apaixonada por redes sociais e estudante em constante desenvolvimento, acredita na cooperação, colaboração e compartilhamento do conhecimento como forma de aprendizado.

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