Nos últimos dias estive observando o transito da cidade e porque não dizer vivenciando. E eis que começo a ver de uma forma diferente o trânsito com seu intenso fluxo de carros, motos e ônibus. O que tinha me deixado assustada de pegar o volante do carro nas primeiras semanas, deu lugar a um desafio. Enfrentei os engarrafamentos da zona norte da capital que insistem em me fazer companhia nas manhãs de cada dia.

Ao começar a vivenciar esses momentos, me senti aliviada por perceber que o velho conceito de que para eu chegar, não é preciso que você pare continua em voga. Esse conceito, tão amplamente comentado por motoristas de outras cidades por onde passei, fala especialmente de como os motoristas se organizam. O motoristas fazem um revezamento nos cruzamentos para a passagem de seus carros sem auxí­lio dos guardas. Em uma rotatória não é preciso colocar semáforos (sinaleiras). Os carros vão passando um de cada lado na sua ordem de chegada. E o trânsito flui, mesmo que encontremos o engarrafamento de toda manhã.

Infelizmente há os que não seguem esse modelo organizado de encarar os engarrafamentos. Mas assim como na vida muitos pensam que para ganharem, alguém precisa perder. E ai como quem não quer nada, tentam furar a fila e passar na frente. Mas isso é uma minoria, ainda bem. Entâo dar uma de esperto não cola muito aqui no trânsito carioca.  Na vida é assim também, porque tem aqueles que tentam dar uma de esperto. Mas não significa que eles estarão sempre na frente.

Outro dia convergi numa rua que tinha pista exclusiva de ônibus. Fiquei nessa faixa, até que percebi que estava irregular. Prontamente ao dar sinal para entrar na fila certa, fui acolhida e pude corrigir o erro. Porém não vi o mesmo acolhimento de um carro que resolveu sair do final da fila e ir pela direita tentando se encaixar na frente dos outros carros. Mais um exemplo de como os comportamentos do trânsito refletem muito do comportamento na vida. Então vale a pena ao sair e se deparar com o trânsito começar a observar com outras lentes a dinâmica o que ali ocorre diariamente. E avaliar como anda o seu comportamento no trânsito, pois ele pode estar se refletindo em outras áreas da sua vida.

E vamos lá encarar mais um engarrafamento, enquanto penso na vida. Atá mais…


Renata V. Lopes

Atua há mais de 25 anos na área de Tecnologia da Informação com gerenciamento de projetos e equipes multidisciplinares, em grandes empresas como Grupo Gerdau, Lojas Renner, Hewlett-Packard, Rio2016 e Grupo Guanabara. Master coach, leitora compulsiva, blogueira, apaixonada por redes sociais e estudante em constante desenvolvimento, acredita na cooperação, colaboração e compartilhamento do conhecimento como forma de aprendizado.

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