Felicidade2016Já prestou atenção naquele tipo de pessoa que diante de uma escolha diz assim “Tanto faz, uma ou outra está bom para mim”?  Bem já prestei atenção e na realidade muitas vezes me vi fazendo o mesmo.  Não eram decisões que eu consideraria essenciais, mas algumas vezes eu me arrependi de ter delegado a decisão.  Foi um prato de carne quando na realidade queria peixe.  Uma salada de fruta na sobremesa, quando na realidade o creme de papaia com cassis era o desejo.  Mas isso é o que acontece quando se fala “Tanto faz”, alguém escolhe por você.

Quando me deparo nas conversas com esse tipo de discurso do “tanto faz”, eu sinto um desconforto.  Isso porque no fundo eu sei que se o resultado for ruim a pessoa que terceirizou a decisão vai colocar a culpa em quem escolheu.  Afinal ela não decide muitas vezes exatamente para ter essa desculpa.  Ou poderá ainda acabar sendo condescendente demais nas suas negociações gerando acumulo de insatisfações.  Nas questões importantes será que não fazemos isso também?  Eu cuido muito para não fazer, e você?

Decisões sejam elas quais forem, requerem que estejamos absolutamente comprometidos em fazê-las.  Somente quando nos conhecemos bem e passamos a agir como únicos responsáveis pelas nossas decisões é que poderemos fazer realmente boas escolhas.  Boas escolhas não significam um mar de rosas, um caminho florido repletos de bons resultados e sem percalços.  Mas significam crescimento e evolução com as experiências pessoais e profissionais que a jornada proporciona.  Toda experiência é fruto de uma necessidade de aprendizado.  Abrace então suas escolhas como um presente.

Conheço profissionais que depois de anos de uma decisão tomada seguem suas vidas se questionando se a decisão de mudar de empresa, empreender ou definir uma solução foram decisões acertadas.  Ficar remoendo algo que já passou não ajuda em nada essas pessoas em seus processos de desenvolvimento pessoal e profissional.  Decida com responsabilidade e siga em frente.

Outro dia fui surpreendida com um colega que disse “estamos arrependidos não é?” e eu prontamente retornei “nós quem?”.  Sim porque eu não me arrependi de ter tomado algumas decisões, mesmo que isso significasse deixar algo concreto e me ”aventurar” num novo projeto.  Posso não ter um saldo bancário maravilhoso em decorrência disso, mas sem dúvida carrego hoje uma bagagem de conhecimento que não obteria sem essa decisão de trocar o rumo da carreira.

No momento de decidir aprendi lendo o sábio Salomão em Provérbios 11:14b que, “… mas na multidão de conselhos há segurança.”  Então continue pedindo conselhos de pessoas sábias e de bom caráter ao seu redor, mas tenha consciência de que a decisão final deve ser sua, não transfira essa responsabilidade.  Fuja do “tanto faz”.  Você tem uma escolha e você pode fazê-la.  Se a decisão não agrada a todos (e quem consegue isso?), mas te agrada, então siga em frente.  Ninguém consegue agradar a todo mundo, então saiba que Tanto faz, não satisfaz especialmente a você.


Renata V. Lopes

Atua há mais de 25 anos na área de Tecnologia da Informação com gerenciamento de projetos e equipes multidisciplinares, em grandes empresas como Grupo Gerdau, Lojas Renner, Hewlett-Packard, Rio2016 e Grupo Guanabara. Master coach, leitora compulsiva, blogueira, apaixonada por redes sociais e estudante em constante desenvolvimento, acredita na cooperação, colaboração e compartilhamento do conhecimento como forma de aprendizado.

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