É um desafio para o fundador ou gestor principal da empresa ter que reconhecer sua hora de passar o bastão e encaminhar a transição.

Esse processo pode ser muito tranquilo para a todos, inclusive e principalmente para seu sucessor.  As mudanças cada vez mais velozes e intensas, não precisam ser assim no processo de transição de comando, para isso um planejamento bem estruturado e com apoio de um Consultor ou Coach Empresarial facilita muito.

A escolha do sucessor nas empresas familiares tende a ser direcionada para a formação de um dos herdeiros. A decisão maior fica a cargo da escolha de quem, caso exista mais de um. Nesse caso é preciso entender quem possui mais “talento” para essa função.  Vamos entender que TALENTO é composto por: Conhecimento, Habilidade e Competência.

Ou seja, conhecer o negócio daquela empresa, suas nuances, seu posicionamento no mercado, rendimento e processo produtivo. Ter habilidade para fazer o que precisa ser feito sem que isso impacte no resultado da empresa. E competência de saber fazer acontecer, gerindo com maestria o capital humano da empresa.

Esse processo de seleção dos os escolhidos no TALENTO sucessor é o diferencial que permite a grandes empresas permanecerem competitivas, mesmo tendo passado por vários comandos. O processo consiste em três princípios fundamentais de preparação:

  1. Permitir que os escolhidos trabalhem em vários setores, para entender bem a empresa e seu funcionamento;
  2. Aproximar os escolhidos dos fornecedores e entidades de trabalhadores para conhecer o funcionamento dessas relações e os impactos no negócio;
  3. Manter todos os funcionários a par dos passos da sucessão, minimizando ruídos e especulações.

Com bom planejamento as possibilidades de encontrar um sucessor de TALENTO capaz de substituir o fundador ou gestor principal. A continuidade dos negócios é o grande foco nesse processo especialmente no que tange as empresas familiares. Onde se percebem alguns itens a mais que precisam de atenção e o coaching é indicado como metodologia de trabalho.

Vejamos três atuações de coaching:

  • Redução do nível de tensão entre pais e filhos em seus papéis profissionais que acabam sendo levados para a vida familiar. Essa tensão impacta todos os familiares próximos em muitas situações mal resolvidas na empresa. Sem tratamento nesses casos, há o caso de um dos filhos desistir.
  • Construção de uma nova relação entre eles, em que o fundador consiga atuar como “coach” dos herdeiros. Fazer essa transição sem o velho dialogo do “Faça o que eu mando!” para o “O que você acha dessa alternativa?” É gratificante para quem está saindo do comando, mas ainda tem muito a contribuir.
  • Aceleração do processo de formação dos herdeiros, preparando-os para que já desempenhem funções na gestão atual. Com os herdeiros já próximos do dia a dia da empresa é bem mais simples a transmissão do conhecimento tácito, aquele que ninguém consegue transmitir no papel e de forma tão rápida, como a experiência.

Renata V. Lopes

Atua há mais de 25 anos na área de Tecnologia da Informação com gerenciamento de projetos e equipes multidisciplinares, em grandes empresas como Grupo Gerdau, Lojas Renner, Hewlett-Packard, Rio2016 e Grupo Guanabara. Master coach, leitora compulsiva, blogueira, apaixonada por redes sociais e estudante em constante desenvolvimento, acredita na cooperação, colaboração e compartilhamento do conhecimento como forma de aprendizado.

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